outubro 29, 2004

"Quem matou Samora Machel?" Parte I

Tenho sempre muitas ideas sobre o que escrever,sobre o que reflectir mas nem sempre posso traduzir ou transformar a idea para o blog.
Nem sempre da tempo de escrever,estudar e ao mesmo tempo cuidar do fotolog mas deixemos isso de lado porque aqui tou.

Como anunciei no fotolog tenciono escrever nas próximas actualizações sobre um tema que deixa respostas abertas.
É um tema acredito que tem muito por aonde se pegar,aonde começar,por onde terminar.É uma história que interessa e cativa a qualquer pessoa que se identifique com Moçambique ou então pessoas de outros povos que tenham passado por expriências semelhantes as que Moçambique passou com a morte de um lider como Samora Machel.

"Quem matou Samora Machel?"
É uma pergunta que se faz periodicamente e principalmente em alturas de rituais como celebração do dia dos heróis moçambicanos,dia da indepêndencia de Moçambique e faz se ainda mais no dia 19 de Outubro de cada ano que vem passando desde o ano de 1986.

"Quem matou Samora Machel?"
é tambem o titulo de um livro de Alvaro B. Marques que investigou e recolheu dados,trabalhou-os,juntou-os e usando tambem varias ciencias sociais e ciencias exactas tentou arranjar resposta para esta pergunta que teima em não ter resposta a 18 anos.
Para o autor deste livro a morte do Marechal Samora esta ligada a sua figura carismatica na zona da africa austral e ao perigo que ele representava para a politica do apartheid desenvolvida pela Africa do Sul.

Podemos colocar na morte de Samora varias questões.
Não tera o avião caido por razões naturais como deficiencias técnicas sem intervençao directa ou indirecta do ser humano? Tera sido assassinato?
E se foi assassinato quem poderá ter ordenado esta acção?
O livro defende que foi ordem do regime sul africano,e outras fontes dão a entender que poderá ter havido uma traicção dentro do partido Frelimo.

O que é certo é que Samora Machel não foi o primeiro lider a morrer no mundo muito menos em Moçambique.
Antes de Samora temos o caso de Eduardo Mondlane cuja morte tambem parece deixar certas duvidas no ar.Assassinato pela policia politica do regime ditatorial portugues?Ou será que houve intenção interna?
Moçambique é um pais aonde a cultura do assassinato tem se imposto para resolver os problemas que afectam quem tem medo de sofrer as consequencias na pele.Não seria de admirar o encontrar tipo de respostas como as que deixei no ar.

Antes de Samora foi Mondlane e nos entretantos casos semelhantes aconteceram ou ja tinham acontecido por todo mundo politico.
Salvador Allende,Che Guevara,Olof Palm,John Kennedy,Humberto Delgado são apenas nome dos muitos politicos que lutaram para o desenvolvimento das sociedades e são lembrados pelo carisma e espirito de liderança.



outubro 24, 2004

Conclusão sobre "texto/artigo" de Mia Couto (Conclusão)

Vivas peeps!

Xi esse blog daqui ta a dar 1 work puxadito mas eu gramo!Nao sei como tou de visitantes,talvez tenha de arranjar um counter mas nao me interessa o numero de visitas para nada porque escrever para mim é como respirar.Uma necessidade."Ora nem mais" ai esta uma expressão hehehe...Pois mas queria dizer que esta na hora de conluir o artigo "jet set" de Mia Couto.

Estavamos no dicionário de bolso de 1 "jetsetista" moçambicano.

Letra C de Cerveja...

Isto é algo comum na nossa sociedade,até eu assimilei o gosto pela cerveja!Talvez seja por viver num pais quente,talvez seja por ser moda...há muitas respostas mas o que eu condeno mesmo não são aqueles que bebem.Condeno aqueles que bebem com 1 estilo bruto e permitam me a espressão " de forma bussal ".Aquela imagem de ir a praia ao domingo é algo assustador...É algo que criticavel a toda sociedade em si porque ate as mulheres estao incluidas.Podemos beber é claro mas ha certas imagens que nao podemos transmitir para o exterior.Deitar lata fora,sujar a rua...Por isso a cerveja é talvez o unico ponto comum entre o jetset e as classes normais.

O chapéu...xi mesmo fundamental e mais do que isso.Estamos a falar de um pequeno dicionário mas o chapéu esta para o homem do jetset como a biblia esta para o padre!É sério e não sei daonde vem esta moda!É normal ver alguem numa truck (carrinha) com a mão de fora (nao esquecer os aneis no dedo) e o chapeu na cabeça...grande estilo este heim?Ai esta o homem do jetset!

Vou saltar os outros objectos porque tenho uma grande pressa para concluir o meu pensamento sobre este artigo.As considerações mais importantes já foram feitas.
O ultimo objecto merece uma palavrinha.O telemovel.Vou contar uma história que se passou uma vez que quis ir comprar crédito na loja dos telemveis no polana shopping.

Entrei e como habitualmente fiquei a conversar um bocadinho com uma das raparigas que trabalha por la.Bate papo normal,umas fofoquinhas e tal e de repente chega um General,Coronel,um soldado de alta patente acompanhado pelo seu guarda costas. Sabia que por aqueles dias havia uma reunião da cplp de altas patentes do exercito dos paises membros.Esta alta patente entra,analisa os telefones e pede ajuda para escolher um telefone.Estava na duvida entre 2 grandes marcas.Pegou num que custava uns 12 milhões e disse não este não..."Qual é o mais caro?" A moça amostrou-lhe e em menos de 5 minutos o Coronel pagou o valor que já nem me lembro qual era.O valor a pagar não deve caber na minha memória mas sei que o telefone era na altura o mais caro.

É uma histórinha sem muito por onde se pegar até porque o coronel nem era moçambicano mas se entrarmos no texto de Mia COuto percebemos a importância de ter o telemovel mais moderno,com as luzinhas que acendem etc.

Se juntarmos as ideas podemos tambem concluir que a cultura "telemovel" esta presente tão presente em Moçambique como nos outros paises da Cplp...
Assim se voce é do "jetset" ,tem chapéu e ainda não tem UM telemovel corra já para adquirir aquele modelo ultra importante para o seu estatuo.Um telemovel que aquele pedinte da esquina,que aquela criança do Niassa nem sonha existir.


E mais não disse...

outubro 22, 2004

Conclusão sobre "texto/artigo" de Mia Couto (2ª parte)

Quantos dias vou demorar para concluir este artigo?
Não me interessa o tempo que poderei demorar até porque devar se vai ao longe.Quero somente reflictir de forma profunda e ao mesmo tempo fazer com que os que me leiam consigam tirar as suas ilações,opiniões e prespectivas sobre o assunto.


Voltando ao tema...

É claro que todos nós temos valores,é normal quando nascemos os valores serem nos impostos e naturalmente que os interiorizamos porque senão corremos o risco de sermos rejeitados e postos de parte na sociedade que nos envolve.
Pois bem os hábitos e os valores alteram-se,os principios e os valores podem por isso mudar tambem como consequência e foi isso que quis dizer ontem quanto a questão das aparências.
A sociedade actual esta a deixar-se levar por elas.

A nata da sociedade (jet7) é uma montra para um povo maioratiamente pobre que como qualquer ser humano tem ambicões.É natural que quando este civil conseguir vingar na vida queira estar no mesmo patamar e imitar aquilo que viu na montra que apreciava quando estava no andar debaixo.
Vai usar os anéis,o chapéu a cowboy,o telemovel dourado com luzes à arvore de natal e todos os outros acessórios essenciais!E se isto se arrasta?Quem não tiver anel não é jetset?

Fico com um pensamento abstracto quando penso no que poderá ser o futuro desta sociedade...
O que posso fazer para mudar?Sozinho ninguem faz nada nem muda nada.Ao escrever isto tenho o objectivo de alertar para não irem por estes caminhos tal como disse no texto anterior.
Mia Couto debrucou-se sobre cada elemento do que chamei pequeno dicionário do que é essencial para o "jet7"
A critica aos anéis..."O anel aquele elemento decorativo de dedos" é a nova definição do anel para o século XXI,será porque o filme "Senhor dos Anéis" esta na moda?!?

Quando era criança o anel para mim não tinha significado nenhum para alguem que fosse homem...a não ser que este fosse casado porque ai sim ter um anel no 2º dedo da mão esquerda é sinal de amor e simbolo do matrimónio!
Por este caminho quando tiver filhos eles terão uma visão completamente diferente sobre o conceito anel.Isso se nascerem e crescerem na sociedade em questão aonde até mesmo o chefe de estado actual faz questão de seguir a moda com anéis visiveis a 70 metros do sitio aonde faz o discurso de despedida...


Mudando de letra vamos parar ao "fenómeno" Boas Maneiras.
Sim boas maneiras!Elas existem ou tentam dar graça de si.

No ponto de vista Mia Couto defende no seu artigo que quem é do jet7 não deve ter boas maneiras quanto mais pensar em te-las porque se as tiverem perdem o estatuto e o ser chefe,o ser mandão sera uma tarefa impossivel absurdamente incumprivel.
No meu ponto de vista Mia defende muito bem esta questão,é normal porque até eu jovem tambem apercebo-me disso.
Quantas vezes não vemos alguem a fazer das suas e principalmente auto-exibir se com carros de milhares de dolares na Julius Nyerere num pais aonde há pessoas a morrerem por 1 pão.
Mas há que dizer que não é só o jet7 que nao aprecia as boas maneiras.Esse é um mal que abrange toda a sociedade.
Do que esta lá em cima até ao que esta lá em baixo.O estado devia introduzir aulas de ética e nas escolas dentro dos programas das disciplinas levar aos alunos uma idea melhor de estar no mundo.Será que o Estado pensa nisso ou boa maneira continua a ser ter 1 jeep mitsubitshi colt?

O cabelo...critica leve e para mim não faz muito sentido analisar.Podia pegar numa ponta e tentar espremer toda a informação possivel mas ela é tão pouca...Mesmo assim atenção quando virem um careca nas ruas de maputo porque ele pode ser do "jetset"!


"Fim da segunda parte"

outubro 21, 2004

Conclusão sobre "texto/artigo" de Mia Couto (1ª parte)

Ufa!!! Um tempinho para escrever!
O tempo ta corrido...Vim para casa almoçar mas daqui a nada tenho de voltar porque ainda ha mais aulas e só saio as 20 :(

"Ai Jesus..."
Se acompanham meu fotolog ja esta a habituar se a expressoes deste tipo eheehe sabem que quero "speedar" !
Nao caiam no erro de interioriza-las ou assimilarem-nas,continuem criando palavras vossas que é isso faz e cria as "palavras de marca..."

Bom, tenho que concluir a " linha de pensamento" sobre o texto de Mia Couto né?

Ora ai vai...A primeira parte!

Todos nós já ouvimos falar nele.Tem estatuto e tudo que diz é ouvido de forma concentrada pelas pessoas que teem consciencia do seu valor cultural,jornalistico,escritor,poeta,moçambicano,etc's...

Mia Couto é alguem que viveu e lutou pela independência de forma muito activa...Lembrar que foi militante do Partido FRELIMO.
Contudo com o passar dos anos pareceu afastar-se por já não sentir-se semelhante a filosofia que se implatava.

Corto por isso um excerto de uma reportagem que li :

"Acho que a Frelimo passou a ter um discurso falseado, mascarado, com objetivos ainda socialistas quando eles todos já se tinham convertido em empresários de sucesso. Eu já não estou lá. Mas quando a Frelimo cantava era uma coisa que me fascinava. Lembro da primeira vez que eu vi Samora Machel, que era um deus para nós, nós endeusávamos aquele homem. Era nosso Guevara."

Depois de ler isto tirei as minhas próprias conclusões até porque conheço a sociedade em que vivo ou vivi bem de perto até muito recentemente.

Terá este pequeno excerto alguma ligação com o que Mia Couto escreveu na sua critica ao "Jet7" Moçambicano?Há respostas directas e indirectas para esta pergunta.

Vou fugir desse pensamento e concentrar me no texto em si...
(Apenas quis amostrar a importância da pessoa e logo dizer que o que ele escreveu pode ser importante)

Mia começa o seu texto a criticar as aparências...Em Maputo/Moçambique todos parecem querer aparentar!

Muitos teem BMW'S,Mercedes mas muitos nem casa teem.Preferem carros,carros com bom som mas casa que é casa,o chamado "lar doce lar" não tem!
O ditado é antigo e diz : "As aparências enganam..."
Não é só o objecto da critica (o jet set) que é criticado..isto é abrangente a toda a sociedade moçambicana!
Esta assunto pode ser perigoso para o futuro...Pode começar a ser vulgar entrar nestes "esquemas de vida",será assim tão importante ter uma bomba de carro mas não ter algo a possamos chamar lar?
Dá muito que reflectir...Há valores que não se podem deixar prosseguir!

Mia Couto em seguida escreve um pequeno dicionário do que é essencial para o "jet7"...
Anéis,Boas Maneiras,Cabelo,Cerveja,Chapéu,Cultura,Fatos,Simplicidade,Oculos Escuros e Telemovél são o realce...
Mas isto é um dicionário leve...podemos aumenta-lo como se de uma enciclopédia se tratasse!


"Fim da primeira parte"




outubro 19, 2004

Mia Couto escreve sobre o "jet set" Moçambicano

Bem...como sabem adquiri nos ultimos tempos um gosto pela critica.Critico aquilo que esta mal mas tambem sei criticar aquilo que esta bem...Posso tar fora da complexa sociedade moçambicana a 1 mes e 10 dias mas não é este tempo que vai mudar comportamentos de uma sociedade inteira.

Este texto de Mia Couto ta "lindo" e louvavel e ao le-lo chegava mesmo a colocar pessoas do chamado "jetset" e aqueles que gostam de aparecer na pele destas personagens virtuais criadas pelo autor do texto...
Leiam e riam-se que amanhã venho com resto das minhas conclusões...

Já vimos que, em Moçambique, não é preciso ser rico. O essencial é parecerrico. Entre parecer e ser vai menos que um passo, a diferença entre umtropeço e uma trapaça.
No nosso caso, a aparência é que faz a essência. Daí que a empresa comecepela fachada, o empresário de sucesso comece pelo sucesso da sua viatura, afelicidade do casamento se faça pela dimensão da festa. A ocasião, diz-se, éque faz o negócio. E é aqui que entra o cenário dos ricos e candidatos aricos: a encenação do nosso "jet-set".

O "jet-set" como todos sabem é algo que ninguém sabe o que é. Mas reúne agente de luxo, a gente vazia que enche de vazio as colunas sociais. Ojet-set moçambicano está ainda no início. Aqui seguem umas dicas que,durante o próximo ano, ajudarão qualquer pelintra a candidatar-se a umjet-setista. Haja democracia! As sugestões são gratuitas e estão dispostasna forma de um pequeno manual por desordem alfabética:

Anéis - São imprescindíveis. Fazem parte da montra. O princípio é: quem temboa aparência é bem aparentado. E quem tem bom parente está a meio caminhopara passar dos anéis do senhor à categoria de Senhor dos Anéis Ojet-setista nacional deve assemelhar-se a um verdadeiro Saturno, tais osanéis que rodeiam os seus dedos. A ideia é que quem passe nunca confunda ojet-setista com um magaíça*, um pobre, um coitado. Deve-se usar jóias dotipo matacão, ouros e pedras preciosas tão grandes que se poderiam chamar depenedos preciosos. A acompanhar a anelagem deve exibir-se um cordão de ouro,bem visível entre a camisa desabotoada.

Boas maneiras - Não se devem ter. Nem pensar. O bom estilo é agressivo, oarranhão, o grosseiro. Um tipo simpático, de modos afáveis e que se preocupacom os outros? Isso, só uma pessoa que necessita de aprovação da sociedade.O jet-setista nacional não precisa de aprovação de ninguém, já nasceuaprovado. Daí os seus ares de chefe, de gajo mandão, que olha o mundointeiro com superioridade de patrão. Pára o carro no meio da estradaatrapalhando o trânsito, fura a bicha**, passa à frente, pisa o cidadãoanónimo. Onde os outros devem esperar, o jet-setista aproveita para exibir asua condição de criatura especial. O jet-setista não espera: telefona. Emanda. Quando não desmanda.

Cabelo - O nosso jet-setista anda a reboque das modas dos outros. O que vemdos americanos: isso é que é bom. Espreita a MTV e fica deleitado com unsmoços cuja única tarefa na vida é fazer de conta que cantam. Os tipos sãofantásticos, nesses video-clips: nunca se lhes viu ligação alguma com otrabalho, circulam com viaturas a abarrotar de miúdas descascadas. A vida éfácil para esses meninos. De onde lhes virá o sustento? Pois esses queridosfazem questão em rapar o cabelo à moda militar, para demonstrar a suaagressividade contra um mundo que os excluiu mas que, ao que parece, lhesabriu a porta para uns tantos luxos. E esses andam de cabelo rapado. Porenquanto.

Cerveja - A solidez do nosso matreco vem dos líquidos. O nosso candidato ajet-setista não simplesmente bebe. Ele tem de mostrar que bebe. Parece umreclame publicitário ambulante. Encontramos o nosso matreco de cerveja namão em casa, na rua, no automóvel, na casa de banho. As obsessões do matreconacional variam entre o copo e o corpo (os tipos ginasticam-se bem). Vazamcopos e enchem os corpos (de musculaças). As garrafas ou latas vazias sãodeitadas para o meio da rua. Deitar a lata no depósito do lixo é uma coisademasiado "educadinha". Boa educação é para os pobres. Bons modos são paraquem trabalha. Porque a malta da pesada não precisa de maneiras. Precisa degangs. Respeito? Isso o dinheiro não compra. Antes vale que os outros tenhammedo.

Chapéu - É fundamental. Mas o verdadeiro jet-setista não usa chapéu quandotodos os outros usam: ao sol. Eis a criatividade do matreco nacional: chapéuele usa na sombra, no interior das viaturas e sob o tecto das casas. Deveser um chapéu que dê nas vistas. Muito aconselhável é o chapéu de cowboy, àla Texana. Para mostrar a familiaridade do nosso matreco com a rudeza dosdomadores de cavalos. Com os que põe o planeta na ordem. Na sua ordem.


Cultura - O jet-setista não lê, não vai ao teatro. A única coisa que ele lêsão os rótulos de uíque. A única música que escuta são umas "rapadas ehip-hopadas" que ele generosamente emite da aparelhagem do automóvel paratoda a cidade. Os tipos da cultura são, no entender do matreco nacional, unsdesgraçados que nunca ficarão ricos. O segredo é o seguinte: o jet-setistanem precisa de estudar. Nem de ter Curriculum Vitae. Para quê? Ele não vaiconcorrer, os concursos é que vão ter com ele. E para abrir portas basta-lheo nome. O nome da família, entenda-se.

Carros - O matreco nacional fica maluquinho com viaturas de luxo. É quaseuma tara sexual, uma espécie de droga legalmente autorizada. O carro não épara o nosso jet-setista um instrumento, um objecto. É uma divindade, ummeio de afirmação. Se pudesse o matreco levava o automóvel para a cama. E,de facto, o sonho mais erótico do nosso jet-setista não é com uma Mercedes.É, com um Mercedes.


Fatos - Têm de ser de Itália. Para não correr o risco do investimento ser emvão, aconselha-se a usar o casaco com os rótulos de fora, não vá a origem daroupa passar despercebida. Um lencinho pode espreitar do bolso, a sugerirque outras coisas podem de lá sair.

Simplicidade - A simplicidade é um pecado mortal para a nossa matrecagem.Sobretudo, se se é filho de gente grande. Nesse caso, deve-se gastar à largae mostrar que isso de país pobre é para os outros. Porque eles (os meninosde boas famílias) exibem mais ostentação que os filhos dos verdadeiros ricosdos países verdadeiramente ricos. Afinal, ficamos independentes para quê?


Óculos escuros - Essenciais, haja ou não haja claridade. O style - ou emportuguês, o estilo - assim o exige. Devem ser usados em casa, no cinema,enfim, em tudo o que não bate o sol directo. O matreco deve dar a entenderque há uma luz especial que lhe vem de dentro da cabeça. Essa a razão dochapéu, mesmo na maior obscuridade.

Telemóvel - Ui, ui, ui! O celular ou telemóvel já faz parte do braço domatreco, é a sua mais superior extremidade inferior. A marca, o modelo, asluzinhas que acendem, os brilhantes, tudo isso conta. Mas importa,sobretudo, que o toque do celular seja audível a mais de 200 metros. Quem disse que o jet-setista não tem relação com a música clássica? Volume nomáximo, pelo aparelho passam os mais cultos trechos: Fur Elise de Beethoven,a Rapsódia Húngara de Franz Liszt, o Danúbio Azul de Strauss. No entanto, amelodia mais adequada para as condições higiénicas de Maputo é o Voo do Moscardo. Última sugestão: nunca desligue o telemóvel!
O que em outro lugaré uma prova de boa educação pode, em Moçambique, ser interpretado como umsinal de fraqueza. Em Conselho de Ministros, na confissão da Igreja, nofuneral do avô: mostre que nada é mais importante que as suas inadiáveiscomunicações.

Você é que é o centro do universo

outubro 18, 2004

Cidade das 7 colinas

Lisboa a cidade que me "adoptou"...não há voodoo mas ha mussulo,luanda,komvento ou mesmo discotecas do rave malta Lux,Cenoura nao sei das quantas ehehehe Posted by Hello

outubro 17, 2004

" A Introdução "

18 de Outubro de 2004.

"Vivo" na internet desde Julho de 1998.
São 6 anos de vida cibernautica...

Minha mãe diz que sou um viciado,aceito sem discutir! eheheh

Em 1998 era a fase dos chats em Abril descobri o mundo fotolog (www.fotolog.net/philosofic) e rapidamente viciei-me em fotos e actualizações diarias.

Desta vez decidi exprimentar os blogs...Os blogs que são mais mundiais e mais conhecidos que os fotologs.

Resolvi criar um porque escrever para mim é uma necessidade diária.
Gosto de escrever sobre o que penso,sobre o meu dia a dia,sobre a actualidade e tudo o que me rodeia.

Hoje é só uma apresentação...
Escrevi num estilo muito formal tambem pudera...já ta meio tarde!

Tal como no fotolog conto escrever e actualizar aqui todos os dias sempre que puder.
Vou abusar e escrever mesmo...Por isso se vierem aqui não esperem poemas ou textos de 5 linhas.
Não é por acaso que decidi chamar este espaço de "Cantinho dos meus Pensamentos..."

Um abraço e beijos para todo o mundo.

Volto amanhã :)

Sandro Martins Valigy