Eleições 2004,A minha prespectiva - Iª Parte
Eleições 2004
Actualmente a Democracia é a utopia mundial do mundo politico moderno...
Moçambique,o nosso pais,é um dos mais novos paises que nasceu na ultima fase de descolonizações e que pôde viver e exprimentar a democracia a correr no sangue do seu povo,mas tal só aconteceu depois de 1992 após a assinatura dos acordos de paz e das eleições de 1994, já que entre 1975 e 1992 os presidentes de Moçambique Samora Machel e Joaquim Chissano não foram eleitos pelo povo mas sim escolhidos pelo partido no poder.
O facto de ser um pais Africano,o facto de ser uma ex-colónia,o facto de ser 1 pais bebé em termos de história politica quando comparado a paises como França,Inglaterra ou Estados Unidos resulta num olhar fragilizado para um pais que parece apesar de tudo,pelas caracteristicas que tem e oportunidades e crescimento económico que vai tendo de ser um pais muito promissor!
Moçambique é um pais promissor sim senhora,mas, em termos financeiros ainda é dependente no seu orçamento de estado em 50% ,de doações,apoios financeiros e ajudas monetárias internacionais o que faz com que a necessidade de criar uma situação de auto-suficiencia em todas as variaveis contextuais evolua a ponto de poder garantir uma diminuição da dependência externa.
Joaquim Chissano e Afonso Dlhakama foram por terem assinado os acordos de paz os grandes pais da democracia em Moçambique no periodo pós guerra civil.Foram juntamente com o povo moçambicano os grandes vencedores.
Ambos concorreram à presidencia da republica em 1994 e 1999 mas a presidência só tem lugar para um e Joaquim Chissano ocupou esse lugar após ter ganho as 2 eleições realizadas até hoje.
Não tinha consciencia do que eram as eleições no ano de 1994 porque tinha apenas 10 anos,e em 1999 tinha 15.Apesar da tenra idade percebi o significado da vitória de um partido como o partido frelimo,percebi que com eles no poder havia uma sensação de que eles poderiam garantir a paz.
Hoje ,o pais vai desenvolvendo e crescendo,mas as politicas tambem sofrem necessidade de mudança.Hoje a paz quase que passa para segundo plano sendo que para primeiro plano o desenvolvimento parece ser mais do que uma prioridade um objectivo.
O percurso democrático de Moçambique tem dados passos,tem progredido,podemos gabar-nos em relação aos nossos "irmãos" Angolanos de o nosso actual presidente ter decidido abdicar do poder quando ainda tinha direito a mais um mandato,mas esses passos não teem sido suficientes para agradar o povo.
A corrupção e a (in)justiça teem sido fortes obstaculos ao desenvolvimento do povo e crescimento do pais para a chegada a um nivel do que se pode chamar de uma Democracia Plena.
2 obstaculos que os moçambicanos vivem quotidianamente para alem de terem tido expriencias trazidas ao grande publico num passado muito recente.
Joaquim Chissano foi o lider de um governo que nos ultimos anos foi caracterizado e dominado por uma elite politica que vive bem graças as contas do estado,casas,carros,enchendo os bolsos,aproriando se de terrenos,fazendo jogadas e lutando por comi$$ões,gerindo empresas para aqui empresas para acolá,usando e abusando do poder para proveito próprio,criando leis que quase nunca eram explicitas parecendo "proteger" a elite (incluindo a oposição).
Isto é SÓ uma onda de histórias no meio dum enorme oceano de livros,porque as histórias são muitas e estão a vista de um menino da rua,de uma mamana na sua barraca de esquina,nas várias ruas da cidade das acácias,e nos vários pontos deste pais do indico.
De qualquer maneira Chissano sai para mim pela porta grande da presidencia da republica, com uma imagem e estatuto enorme no ponto de vista diplomático pelos feitos e lutas ganhas,pela politica de desenvolvimento que fez Moçambique crescer (média de 8 a 10% por ano de 1994 a 2001) a um ritmo anormal para um pais da Africa Subsariana,pelo muito trabalho realizado com resultado em numeros e dados documentados.
Sai pela porta grande porque decidiu tambem abdicar de um lugar para o qual poderia concorrer para mais 4 anos,mostra assim que o poder não é tudo para alem tambem de incentivar os vários lideres dos paises africanos a seguirem a mesma estrada rumo ao desenvolvimento do continente.Continente o qual foi tambem muitas vezes mediador de conflitos e problemas com necessidade de resolução.
Para alem de vivermos num pais democratico,Moçambique vive tambem por influência de um mundo globalizado num pais aonde o capitalismo empresarial cresce.
Nascemos como um pais socialista mas agora o capitalismo exerce um dominio em qualquer area de interesse tendo uma forte importância para a economia que é por sua vez tambem uma influencia para a politica e para os politicos...
É assim que entramos no episódio das actuais eleições.
Fim da primeira parte!
A seguir falarei de Guebuza/Frelimo , Dlhakama/Renamo e o futuro após eleições.